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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Andrew Lobaczewski - Ponerologia - Psicopatas no poder



Andrew Lobaczewski - Ponerologia - Psicopatas no poder

Ano: 2014 
Páginas: 300
Idioma: português
Editora: Vide Editorial
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Não é preciso nenhum estudo especial para saber que, invariavelmente, o discurso comunista, pró-comunista ou esquerdista é cem por cento baseado na exploração da compaixão e da culpa. Isso é da experiência comum.
Mas o que o dr. Lobaczewski e seus colaboradores descobriram foi muito além desse ponto. Eles descobriram, em primeiro lugar, que só uma classe psicopatas tem a agressividade mental suficiente para se impor a toda uma sociedade por esse meios. Segundo: descobriram que, quando os psicopatas dominam, a insensitividade moral se espalha por toda a sociedade, roendo o tecido das relações humanas e fazendo da vida um inferno. Terceiro: descobriram que isso acontece não porque a psicopatia seja contagiosa, mas porque aquelas mentes menos ativas que, meio às tontas, vão se adaptando às novas regras e valores, se tornam presas de uma sintomalogia claramente histérica, ou histeriforme. O histérico não diz o que sente, mas passa a sentir aquilo que disse - e, na medida em que aquilo que disse é a cópia de fórmulas prontas espalhadas na atmosfera como gases onipresentes, qualquer empenho de chamá-lo de volta às suas percepções reais abala de tal modo a sua segurança psicológica emprestada, que acaba sendo recebido como uma ameaça, uma agressão, um insulto. 
- Olavo de Carvalho (trecho do prefácio).
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O QUE ACHEI:

Indispensável para se entender o MAL que hoje impera no mundo...



Desde o primeiro instante em que ouvi o professor Olavo de Carvalho falar desse livro, em um de seus inúmeros vídeos no YouTube, fiquei curiosa. 

Eu já tinha lido o livro da Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, "Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado" -- livro este que me introduziu ao mundo real. Mundo este bem diferente do que a maioria de nós imagina! Tinha, portanto, uma certa noção do que significam essas mentes perigosas, essas mentes doentias mas não 'doentes'. Vejam só que interessante: Hoje em dia é consenso entre os psicólogos e psiquiatras (coisa que há trinta ou quarenta anos não era) de que o psicopata (erroneamente chamado de sociopata) não é um psicótico (louco). Muito pelo contrário: É um ser totalmente racional, nada emocional e, portanto, nada do que incomoda a nós, pessoas comuns, o incomoda. O psicopata não tem depressão, melancolia, não sente medo, remorso, culpa, piedade. Não sente paixão, amor, afeto. Não sofre com o mal do mundo, aliás, até fica contente com isso...

Durante séculos, os moralistas têm nos aconselhado a desenvolver a ética e os valores humanos. Eles estiveram procurando pelo critério intelectual apropriado. Eles também respeitaram a correção de raciocínio, cujo valor nessa área é inquestionável. Apesar de todos os seus esforços, contudo, eles foram incapazes de superar os muitos tipos de mal que têm aterrorizado a humanidade por séculos e que nos dias atuais têm tomado proporções nunca antes vistas.
Um ponerologista não deseja de forma alguma diminuir o papel dos valores morais e do conhecimento nessa área; pelo contrário, ele quer sustentá-los com um conhecimento científico desprezado até o momento, de forma a refinar a imagem como um todo e adaptá-la melhor à realidade, e através disso tornar possível que uma ação seja mais efetiva na prática moral, psicológica, social e política. (Trecho do livro).

Segundo a Dra. Ana Beatriz, o Dr. Andrew Lobaczewski e muitos dos novos pesquisadores do comportamento e da mente humana, o psicopata é uma pessoa absolutamente saudável, no que se refere à saúde mental. E talvez, por estar livre do senso moral, da auto-crítica e da consciência, os psicopatas agem movidos unicamente pelo egoísmo. Eles jamais pensarão no bem-estar alheio, jamais se incomodarão em auxiliar alguém, jamais sofrerão a dor do arrependimento, por esse motivo bastante simples. Eles NÃO tem CONSCIÊNCIA. E ao contrário da maioria de nós, além de não sofrerem nenhuma das dores que uma moral elevada e a consciência trazem (medo, insegurança, arrependimento, temor de Deus, temor da desaprovação alheia, temor pela segurança dos seres amados, etc.), eles vivem por si e para si mesmos: procuram o PODER, o DINHEIRO e o PRAZER IMEDIATO. Nada tem de loucos, depressivos ou neuróticos. São, isso sim, 100% racionais.

LINK de vídeos da dra. Ana Beatriz sobre a psicopatia:


O livro PONEROLOGIA, Psicopatas no Poder é um estudo feito pelo dr. Andrew Lobaczewski, médico e psiquiatra polonês, que compreendeu a ligação íntima entre a psicopatia e os grandes líderes políticos que sobem ao poder. Ele iniciou suas pesquisas justamente durante a tomada de poder pelo comunismo na Polônia. Percebeu que os agentes do governo (secretários políticos) começavam a adentrar as salas de aulas, nas universidades e fazer palestras sobre as maravilhas do regime socialista... 

Percebeu que os tais agentes nada sabiam sobre a matéria ministrada, mas que martelavam incessantemente a respeito dos "benefícios" do socialismo. Com o tempo, o autor percebeu que, um ano após essas doutrinações ideológicas, muitos dos seus colegas de classe começaram a mudar sutilmente; já não seguiam as bases da ciência que estudavam, mas concordavam entusiasticamente com as doutrinações. E a repetir aquele discurso -- macaquear o vocabulário marxista-comunista. Ele e alguns dos colegas não contaminados pelo discurso ideológico, como uma reação de proteção mútua, passaram a se reunir para estudar aquele fenômeno (do ponto de vista científico, não moral ou político). Surgiu um livro, cujo primeiro original (ou melhor, os primeiros originais desse livro) foi mais tarde perdido -- graças à polícia política comunista.

Nós estudávamos a nós mesmos, já que sentíamos que algo estranho tinha invadido nossas mentes e algo valioso estava se esvaindo de forma irreparável. O mundo da realidade psicológica e dos valores morais parecia suspenso em um nevoeiro gelado. Nosso sentimento humano e nossa solidariedade estudantil perderam seus significados, como também aconteceu com o patriotismo e nossos velhos critérios estabelecidos. Então, nos perguntamos uns aos outros, “isso está acontecendo com você também?” Cada um de nós experimentava, do seu próprio jeito, esta aflição sobre sua própria personalidade e sobre o seu futuro. Alguns de nós respondíamos às questões com o silêncio. A profundidade destas experiências revelou-se diferente para cada pessoa.
Nós então imaginamos como nos protegeríamos dos resultados desta “doutrinação”. Teresa D. fez a primeira sugestão: vamos passar um final de semana nas montanhas. Funcionou. Companhias agradáveis, um pouco de brincadeira, então o cansaço, seguido por um sono profundo em um abrigo e nossas personalidades humanas retornaram, embora ainda com um certo vestígio de antes. O tempo também provou ser adequado para criar uma imunidade psicológica, ainda que não para todos. Analisar as características psicopáticas da personalidade do “professor” também mostrou ser outro excelente meio para proteger a própria saúde psicológica.
Você pode imaginar nossa preocupação, desapontamento e surpresa quando alguns colegas que nos eram próximos, repentinamente, começaram a mudar suas visões de mundo. O padrão de pensamento deles, além disso, nos lembrava a conversa do “professor”. Seus sentimentos, que bem recentemente tinham sido amigáveis, tornaram-se claramente frios, embora ainda não fossem hostis. Argumentos benevolentes ou de estudantes críticos tornaram-se certos para eles. Eles davam a impressão de possuir algum conhecimento secreto; nós éramos somente os seus ex-colegas, que ainda acreditavam no que aqueles “professores antigos” nos tinham ensinado. Nós precisávamos ter cuidado com o que dizíamos para esses colegas. Esses nossos ex-colegas logo entraram para o Partido.
Quem eram eles? De quais grupos sociais tinham vindo? Que tipo de estudantes e pessoas eram? Como e por que eles mudaram tanto em menos de um ano? Por que nem eu e nem a maioria dos meus amigos estudantes sucumbiram sob este fenômeno e processo? Muitas destas questões pipocavam em nossas cabeças. Foi nesta época, a partir destas questões, observações e atitudes que nasceu a idéia de que esse fenômeno deveria ser objetivamente estudado e entendido; uma idéia cujo significado maior cristalizou com o tempo.
Muitos de nós, psicólogos recém-graduados, participamos nas observações e reflexões iniciais, mas muitos desistiram por conta de problemas materiais ou acadêmicos. Somente poucos daquele grupo permaneceram; e o autor deste livro talvez seja o último dos moicanos.

O livro tem uma linguagem mais ou menos técnica, o que pode dificultar um tanto a leitura. Mas nada que chegue a prejudicar a compreensão geral do que é descrito e explicado. 

Ele chega a mostrar os vários subtipos de personalidades ponerológicas (malignas) e os tipos histéricos, os que não são psicopatas exatamente, mas indivíduos facilmente manipuláveis. O capítulo "ESTADOS DE HISTERIZAÇÃO SOCIAL" é especialmente adequado para entendermos os tempos modernos, onde vemos multidões de pessoas (como jovens em universidade, por exemplo) dominadas pelo mesmíssimo linguajar que aprenderam com seus adestradores universitários, com sua mídia, com seus filósofos esquerdistas favoritos. 

Nesse ano de 2016 vimos diversas manifestações desse fenômeno, quando feministas histéricas saíram blasfemando contra símbolos cristãos sagrados, colocando crucifixos na vagina, cuspindo sobre imagens da Virgem Maria, pichando paredes de igrejas. 


Em outras, vimos "professores" do ensino médio e universitário incentivando alunos a "ocupar" (invadir) escolas, causando confusão, caos, alunos gritando, espalhando desalento entre as famílias e ocasionando até - em Curitiba - a morte de um dos "ocupantes", que morreu vítima de outro aluno usuário de drogas.
Quando três “egos” governam – egoísmo, egotismo e egocentrismo – o sentimento de conexão social e de responsabilidade em relação aos outros desaparece, e a sociedade em questão divide-se em grupos ainda mais hostis uns aos outros. Quando o ambiente histérico não consegue mais diferenciar as opiniões das pessoas limitadas - quase-não-normais - das opiniões de pessoas normais, pessoas racionais, abre-se uma porta para que a ativação dos fatores patológicos de várias naturezas entre em cena.
Os indivíduos que nós já encontramos, que são governados por uma visão patológica da realidade e por objetivos anormais causados por sua natureza diferente, são capazes de desenvolver suas atividades em tais condições. Se uma dada sociedade não consegue superar o estado de histerização sob circunstâncias políticas e etnológicas, o resultado pode então ser uma grande tragédia sangrenta.

Esse livro é indispensável para todos aqueles que, hoje, sofrem com o fenômeno dos psicopatas em postos de poder -- no melhor estilo Hitler, Stálin, Lênin, Fidel Castro, Mao Tsé-Tung, Xi Jinping, Chavez, Maduro,  e até, mais recentemente, uma primeira-ministra na Europa pseudo-liberal que segue as linhas ditatoriais, Angela Merkel. Enfim, seja qual for a sua inclinação política,  ou mesmo se você não tiver nenhuma, a leitura de um livro como este vai abrir sua mente. Com certeza.



sábado, 5 de março de 2016

George Orwell - 1984


Ano: 2009 
Páginas: 414
Idioma: português 
Editora: Companhia das Letras

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Publicada originalmente em 1949, a distopia futurista 1984 é um dos romances mais influentes do século XX, um inquestionável clássico moderno. Lançada poucos meses antes da morte do autor, é uma obra magistral que ainda se impõe como poderosa reflexão ficcional sobre a essência nefasta de qualquer forma de poder totalitário

Winston, protagonista de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceânia não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro. O´Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que "só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade: só o poder pelo poder, poder puro". 

Quando foi publicada em 1949, poucos meses antes da morte do autor, essa assustadora distopia datada de forma arbitrária num futuro perigosamente próximo, logo experimentaria um imenso sucesso de público. Seus principais ingredientes - um homem sozinho desafiando uma tremenda ditadura; sexo furtivo e libertador; horrores letais - atraíram leitores de todas as idades, à esquerda e à direita do espectro político, com maior ou menor grau de instrução. À parte isso, a escrita translúcida de George Orwell, os personagens fortes, traçados a carvão por um vigoroso desenhista de personalidades, a trama seca e crua e o tom de sátira sombria garantiram a entrada precoce de 1984 no restrito panteão dos grandes clássicos modernos.

O que eu achei

Muitas editoras (a maioria, na verdade) recusa-se a usar a expressão "crítica ao comunismo". Mas está claríssimo no livro de Orwell, esse magistral, esse fulgurante romance distópico sobre um mundo futuro (o de agora, suponho) onde tudo e todos estão sendo vigiados, por um governo autoritário ao máximo - que é uma crítica ao comunismo. Não falam (nem em blogs de esquerda, nem em editoras) que o livro É UMA CRÍTICA FORTÍSSIMA ao COMUNISMO.


É uma ficção, um romance mas impregnado de fortes emoções. Sente-se nele toda a rebeldia e o terror de um homem que conheceu de perto o totalitarismo comunista, ao ponto de ter escrito antes desse, o curisoso "A Revolução dos Bichos", onde os porcos são nitidamente os "porcos comunistas". E o porco mais velho, o "Major" é o grande doutrinador da bicharada: 

“Então, camaradas, qual é a natureza da nossa vida? Enfrentemos a realidade: nossa vida é miserável, trabalhosa e curta. Nascemos, recebemos o mínimo de alimento necessário para continuar respirando e os que podem trabalhar são forçados a fazê-lo até a última parcela de suas forças; no instante em que nossa utilidade acaba, trucidam-nos com hedionda crueldade. Nenhum animal, na Inglaterra, sabe o que é felicidade ou lazer, após completar um ano de vida. Nenhum animal, na Inglaterra, é livre."

Em 1984, porém, a crítica é muito séria, contundente e assustadoramente atual. Enquanto lia, ia comparando as absurdas condições daquele mundo onde o "Grande Irmão" (o Partido Único) mandava em tudo, vigiava as pessoas em tudo o que faziam, controlava o que comiam e bebiam (sempre alimentos ruins e de má qualidade) e modificava a língua (uma forma de evitar que as pessoas pensassem, uma vez que com um idioma em constantes mutações, perdiam-se palavras, perdiam-se ideias que expressassem antigas ideias, perdia-se enfim, o contato com toda a realidade).

Esse é o objetivo da Novilíngua (a língua que substitui o inglês antigo, dentro da trama de Orwell). Mudar, mudar sempre, não deixar que o povo se acostume às mesmas expressões e palavras por muito tempo. É interessante lembrar que hoje mesmo no Brasil, a página do governo federal no Facebook, a "Humaniza Redes" já nos brindou com algumas pérolas que propõe apagar várias palavras e/ou expressões de nossos dicionários ou vocabulários. É o caso, por exemplo, das expressões "minhas negas" ou "a coisa está preta". Bem, sobre a primeira expressão "racista" eu dei uma resposta no próprio site. Sobre a segunda expressão - cúmulo do ridículo - os próprios internautas responderam.


Voltando ao livro de Orwell, a trama é muito bem urdida e como já citei, tem muitas similaridades com o nosso "admirável mundo novo socialista": A subversão de valores, o uso constante do verbo "denuncie", onde cada cidadão do "Partido" precisava se policiar e policiar todos ao seu redor. Filhos delatam pais, maridos delatam esposas e vice-versa, amigos delatam amigos. O terror da constante vigilância dá o tom, comanda tudo. Ninguém pode confiar em ninguém.

O personagem Winston é um homem infeliz, relembra sua infância - antes que a ditadura comunista tomasse conta do mundo - e não consegue se conformar com o destino que o mundo tomou, desde então. A comida que come, a cerveja que bebe, o apartamento onde mora: tudo é sem graça, sem gosto, sem beleza. Mas como ele poderia ter certeza de que o mundo não foi sempre assim, sem nenhum parâmetro, sem ter nenhuma outra referência de mundo melhor? Se para ele tudo aquilo é normal (embora um certo pensamentozinho em sua cabeça insista em dizer que não, que aquele mundo feio um dia fora mais bonito, mais alegre, mais livre, mais confortável)? Entretanto, ele sente algo em seu íntimo. Queria saber como o mundo fora antes da "Revolução", mas não existem mais livros de história, exceto os livros que o Partido escreveu, e nesses ele não pode confiar: são simples compilações de estorias criadas pelo próprio Partido.

A história de Winston é triste, mas a trama do livro é envolvente, assustadora e realista. O final é digno de um gênio literário como Orwell: Impossível você ler aquele final e deixar de comparar as situações que ele viveu e a revolução cultural que o mundo dele sofreu com as que estamos vivendo hoje. De maneira muito lenta e sutil, mas estamos vivendo.

Recomendo o livro a todos que querem, além de uma boa distração, se darem conta de que nossa realidade poderá ser terrivelmente alterada. Mas que nós ainda podemos impedir que isso aconteça.

domingo, 15 de novembro de 2015

Declínio da Família Tradicional



Atenção para este artigo, publicado em 2006 - pois de lá para cá as coisas só pioraram muito. A destruição da família está na agenda de várias "entidades" que seguem uma tendência da política globalista (e esquerdista), cujo ódio pela maternidade, paternidade e união familiar é notório.

"Declínio da Família Tradicional

Crianças deixadas de lado e enquanto a paternidade é redefinida

NOVA YORK, domingo, 08 de outubro de 2006 (ZENIT.org)

Estruturas familiares e regras de paternidade estão sendo redefinidas sem considerar as necessidades das crianças. Isto é um alerta de uma reportagem recém-publicada, na qual se descreve tendências mundiais na legislação familiar e na tecnologia reprodutiva.

«The Revolution in Parenthood: The Emerging Global Clash Between Adult Rights and Children’s Needs» («A Revolução na Paternidade: O emergente choque global entre os direitos dos adultos e as necessidades das crianças») foi publicado pela Commission in Parenthood’s Future.

A comissão "é um grupo independente, não partidário, de especialistas e líderes," ativos na área da família, de acordo com um boletim de imprensa do website do Institute for American Values.

O instituto, com sede em Nova York, é uma das organizações por detrás da comissão.

A autora do informe é Elizabeth Marquardt, membro da comissão e autora do livro «Between Two Worlds: The Inner Lives of Children of Divorce» («Entre Dois Mundos: Vidas íntimas dos filhos do Divórcio»). O relatório registra que as tendências mundiais na legislação e nas tecnologias reprodutivas estão redefinindo paternidade de forma a colocar antes os interesses de adultos que as necessidades dos filhos.

«O modelo de paternidade de duas pessoas, pai e mãe» indica, «está sendo mudado a fim de se adequar aos direitos dos adultos ao invés das necessidades das crianças de conhecer seus pais e serem criados, sempre que possível, por uma mãe e um pai».

A revolução na paternidade descrita na publicação compreende uma variedade de assuntos: altas taxas de divórcio; crianças criadas por um só progenitor; o crescente uso de doadores de óvulos e espermatozóides; apoio aos casamentos homossexuais; e propostas que permitem que as crianças concebidas com o uso de óvulos e espermatozóides de doadores, tenham três progenitores legais.

Uma revolução legal

A reportagem traz um número de exemplos de mudanças legais de grande envergadura na família, frequentemente introduzidas sem um profundo debate.

-- No Canadá, a lei que permite casamento homossexual também incluía uma clausula que eliminava o termo «pais naturais» da lei federal, trocando por «pais legais». Com essa lei, o lugar onde se define quem são os pais de uma criança está precipitadamente substituído da natureza ao estado, com conseqüências ainda desconhecidas.

-- Na Espanha, logo após a legalização do casamento homossexual, o governo mudou o formato da certidão de nascimento de todas as crianças. No futuro se lerá «Progenitor A» e «Progenitor B», ao invés de «mãe» e «pai».

-- Na Índia, as diretrizes para a tecnologia de reprodução assistida, publicadas em junho de 2005, estabelecem que na situação em que crianças nascidas pelo uso de esperma ou óvulo doado, essas não terão nenhum direito de saber a identidade dos pais genéticos.

A pressão para outras mudanças mais radicais estão também a caminho.

-- Na Nova Zelândia e na Austrália, as comissões legais propuseram permitir que crianças concebidas com o uso de óvulos e espermatozóides doados tenham três pais legais. A proposta falha em como indicar o que ocorre se os três pais se separarem e brigassem pela guarda da criança.

-- Há um crescente suporte de comissões legais influentes e de catedráticos de direito no Canadá e nos Estados Unidos para a legalização de acordos matrimoniais em grupo, como a poligamia e o poliamor, que envolve um relacionamento de três ou mais pessoas.

-- Na Irlanda uma comissão sobre reprodução humana propôs que um casal que paga por uma criança através de uma mãe de aluguel deveria automaticamente ser os pais legais da criança, deixando a mulher que dá a luz à criança sem nenhum direito ou proteção legal no caso dela mudar de idéia.

A França é um dos poucos países resistindo às acometidas de mudança na lei familiar. Um relatório parlamentar sobre a família e direitos das crianças, publicado em janeiro, indicava que «o desejo por uma criança parece ter passado a ser um direito à criança».

O relatório francês também recomendava a não legalização do casamento homossexual. Entre as razões dadas foi a preocupação sobre a identidade e desenvolvimento da criança quando a lei cria uma situação em que há «dois pais ou duas mães – o que biologicamente não é real nem plausível». O relatório parlamentar insistiu na necessidade de uma justificação médica para procriação assistida, e deve permanecer a proibição de mães de aluguel.

Primeiro os adultos

Em «Revolution in Parenthood», a autora, Marquardt explica que as mudanças na paternidade e na estrutura familiar estão levando a um confronto entre os interesses dos pais e das crianças.

«Essa redefinição», alerta, «progressivamente enfatiza o direito dos adultos ao das crianças ao invés das necessidades das crianças de saberem e serem criadas, na medida do possível, por uma mãe e um pai».

«Uma boa sociedade protege o interesse de seus mais vulneráveis cidadãos, especialmente as crianças», afirma o relato da Marquardt. «Mas a própria base da instituição vem sendo fundamentalmente redefinida, frequentemente de modo a se orientar primeiramente pelos direitos dos adultos».

Um fio condutor comum na maioria das mudanças é o alegado «direitos a um filho». O desejo de se ter uma criança é sem dúvida «uma poderosa força profundamente sentida na alma», admite Marquardt, e a incapacidade de se ter um filho próprio é sentido como uma grande perda. «Mas» ela acrescenta, «os direitos e necessidades dos adultos que desejam trazer ao mundo uma criança não é o único lado da história».

A adoção vem sendo a muito tempo disponível para pais que não podiam ter um filho. Mas o uso de métodos de reprodução assistida vem transformando a situação, levando a uma separação deliberada das crianças de suas mães e pais biológicos. A biologia, evidentemente, não é tudo, aponta o relato, mas ao mesmo tempo importa.

As estruturas familiares também são cruciais às crianças. Estudos sobre a vida dos filhos de pais separados mostram grandes conseqüências negativas para eles, não suficientemente consideradas quando se introduziu o divórcio livre.

A primeira geração de bebês de proveta está chegando à maioridade. Eles foram principalmente concebidos por pais heterossexuais casados usando um doador de espermatozóides. Marquardt cita um número de casos em que as crianças estão falando sobre o pedroso impacto em suas identidades quando os adultos propositalmente concebem uma criança com a clara intenção de separar a criança de seus pais biológicos. Os jovens costumam dizer que se lhes foi negado o direito a conhecer seus pais biológicos.

De fato, muitos desses adolescentes e adultos estão formando organizações e estão usando a internet para tentarem entrar em contato com seus doadores e acharem seus meio-irmãos também concebidos por esses espermatozoides.

Consentimento

Um assunto levantado pelos filhos gerados por um doador é que o consentimento informado pela parte mais vulnerável, a criança, não é obtido em procedimentos tecnológicos reprodutivos que intencionalmente separam as crianças de seus pais biológicos.

«Revolution in Parenthood» observa que nas recentes décadas, vem emergindo um consenso poderoso entre cientistas sociais sobre os benefícios do casamento para uma criança. A atual redefinição de paternidade, diz o relato, está transformando a cultura e o sistema legal «de modo a contribuir para uma mais profunda incerteza no significado de paternidade e maternidade».

Por exemplo, nos Estados Unidos, pelo menos 10 Estados permitem que pessoas, sem relação biológica ou de adoção, e sem relação marital com nenhum dos progenitores da criança, possam ter direitos parentais e responsabilidades como sendo de fato o pai ou o pai psicológico.

«Na lei e na cultura, o modelo natural de pais, o modelo pai e mãe está desabando, sendo trocado pela idéia de que crianças ficam bem com qualquer um ou mais adultos que possam ser chamados de pais, desde que os pais apontados sejam boas pessoas», comenta a reportagem.

Essas mudanças terão conseqüências de grande envergadura para a família, as crianças e a sociedade. «Aqueles de nós que estiverem preocupados», conclui a reportagem, «podem e devem liderar um debate sobre a vida das crianças e o futuro da paternidade».

Pe. John Flynn

FONTES:

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Dra. Renata Gusson - Fala sobre a história da cultura abortista



Palestra sobre as "Raízes Históricas da Cultura da Morte" - Publicado em 12 de mar de 2014


Dra. Renata Gusson - Farmacêutica-Bioquímica, graduada pela Universidade Católica de Santos. Possui Pós Graduação lato sensu em biologia molecular pelo Centro de Extensão Universitário de São Paulo. É mestre em Ciência (2011) pela Coordenação de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (CCD/SES-SP).

Link quebrado? Entre em contato.

Ideologia de Gênero, aborto, feminismo: Seus perigos - 2 - A experiência sueca


Dando prosseguimento ao Seminário, aqui temos a excelente explanação da professora Fernanda Fernandes Takitani, sobre os planos e a atuação dos socialistas suecos Gunnar e Alva Myrdal, cujo ideal de mundo era uma "utopia" na qual as mulheres se igualavam aos homens como massa trabalhadora, enquanto seus filhos seriam criados por enfermeiras e estariam privadas por quase toda a vida dos cuidados e proteção materna/paterna. Ou seja, um mundo onde a família (novamente) seria atomizada, dispersada, desfeita. Onde valores morais, éticos e cristãos estariam em total desacordo com o politicamente correto. Onde, em nome de uma pretensa 'liberdade sexual', meninas e adolescentes teriam o direito de se prostituírem ou se comportarem como mulheres adultas e, em caso de gravidez não desejada, de abortarem seus bebês (inclusive sem necessidade de autorização dos pais ou responsáveis).

Uma palestra altamente instrutiva, recomendo que seja assistida do início ao fim.

Publicado em 17 de abr de 2015
Seminário Gênero, Aborto e Sociedade - 27/05/2014
Auditório Nereu Ramos, Câmara dos Deputados, Brasília/DF
Áudio da segunda parte do Seminário, com a fala da Profª. Fernanda Fernandes Takitani, sobre a experiência socialista e de igualdade sexual na Suécia. Mediação: Prof. Felipe Nery
Início da fala da Profª. Fernanda Takitani 03:10
Pensamento de Karl Kautsky 05:07
Atuação do Casal Gunnar e Alva Myrdal 24:57
Oposição do Casal Eli e Eba Heckscher 44:20
Desdobramentos na Política e Sociedade Sueca e Conclusão 48:06